Coincidência
Sergio Anil
Já é muita coincidência
Os papos e os beijos repetidos
Em qualquer boca que não se toca
Há uma sirene pedindo
Pois cada frase com horário marcado
É pra me despertar dessa atenção ilusória
Vivendo a metade solitária em disfarce
E a metade amada sem história e sem memória
Mas você nunca me espera
Quando me vê disfarça e sai
Vai como se nada quisera
Mas deixando um rastro de até mais
Ainda tenho desejo, mas fico quieto
Nada é verdade, nada disso é direito
No sim ou no abraço que mantenho aberto
Agora o passado anda sempre aqui perto
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